Mordomia Cristã
Um dos assuntos mais difíceis para se tratar na vida da igreja é a questão da mordomia cristã. E isso acontece porque encontramos muitas igrejas que lidam com a questão financeira de maneira bastante irresponsável. Para nossa tristeza, encontraremos muitas realidades em que o assunto acaba sendo super-valorizado, iludindo e machucando pessoas através de falsas promessas. No entanto, nem sempre percebemos que essa postura de pastores e líderes, na verdade, acaba ‘funcionando’ porque estão provocando a avareza (que é idolatria – Ef 5:5) e o amor ao dinheiro (que é a raiz de todos os males – I Tm 6:10) em suas ‘ovelhas’ – em outras palavras, as pessoas acabam doando o que não podem motivadas pela sua ganância: a promessa de receber muito mais, ou ‘em dobro’, ou ‘cem vezes mais’ no futuro.
Quando olhamos para a Palavra, no entanto, o que encontraremos é o desejo legítimo dos crentes de desejarem participar daquilo que Deus está fazendo na vida do povo de Deus. Na Bíblia, nós encontraremos momentos em que o povo voluntariamente contribuiu para a construção do Tabernáculo e, mais tarde, do Templo; em outros momentos veremos o povo demonstrando sua gratidão, em louvor ao Senhor. E é impossível deixar de perceber que aqueles dentre o povo que verdadeiramente se dedicavam ao Senhor, em todo tempo, procuravam contribuir através dos recursos que tinham à sua disposição – sejam recursos de valor monetário (ouro, prata, pedras preciosas), alimentícios (para o sustento dos sacerdotes e dos mais pobres), ou tantas outras ofertas.
Igreja do novo testamento.
E quando nós olhamos para o Novo Testamento, nós percebemos que essa disposição não mudou: a igreja continuou contribuindo para as mais diversas causas. Quando irmãos em terras distantes passavam necessidades, a igreja realizava coletas em favor desses irmãos; quando missionários íam ao campo, distantes de sua casa e trabalho, os crentes eram responsáveis por manter estes irmãos; aqueles que se dedicavam exclusivamente ao ensino e à pregação deveriam ser sustentados pela igreja. E, para além disso, a igreja continuava a ajudar os mais pobres.
Se nós percebemos que a igreja do Novo Testamento continuava a participar financeiramente das causas do Evangelho, qual seria o motivo de acharmos que nossa obrigação é menor? Mesmo porque, lembremos que, provavelmente, nós vivamos com muitos mais recursos que aqueles que doavam no tempo do Novo Testamento.
Louvamos a Deus pelo os irmãos que contribuem com a obra do senhor.
Ainda que o dízimo tenha se tornado uma questão polêmica para a igreja do Século XXI por causa dos excessos de muitas igrejas, o mandamento permanece o mesmo. E ainda que você ache que o dízimo não era uma prática das igrejas do Novo Testamento (o que eu, por uma questão bíblica e histórica, discorde veementemente), o mandamento para servirmos ao Senhor com o que temos e somos permanece o mesmo, não é verdade? Pensando nisso, que tal se você estabelecesse o compromisso de servir alegremente ao Senhor com seus recursos?
Louvamos a Deus por aqueles que demonstram seu compromisso fiel de manter suas contribuições mensalmente – seja através do dízimo ou de ofertas. Clamamos a bênção do Senhor sobre aqueles que por impossibilidade ou negligência não tem podido contribuir. E conclamamos aqueles irmãos que, por incredulidade ou avareza, tem deixado de abençoar com seus recursos para que, arrependidos, possam desfrutar da alegria de servir ao Senhor através daquilo que o próprio Deus nos dá.
Que Deus nós abençoe!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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