Por que a confessionalidade é tão importante? | Rev. Thiago Mattos

30.08.2024

Por que a confessionalidade é tão importante? | Rev. Thiago Mattos

Confessionalidade.

“Simão Pedro respondeu: Senhor, para quem iremos? O senhor tem as palavras da vida eterna e nós temos crido e conhecido que o senhor é o Santo de Deus.” (João 6:68,69)
 
   Normalmente, as pessoas pensam na confessionalidade de uma igreja como um mero formalismo doutrinário, como se a confissão de uma denominação fosse apenas palavras frias no papel referente a uma ortodoxia sem sentido para a vida diária das pessoas que pertencem àquela igreja. No entanto, este pensamento tem trazido uma terrível condição para a igreja do século XXI: a instabilidade espiritual, devocional e litúrgica. E este problema tem devorado o coração de muitos crentes mundo afora.
 
     A Igreja Presbiteriana do Brasil adota como símbolos de fé a Confissão de Fé de Westminster e os Catecismos Maior e Breve de Westminster. Outras denominações, no entanto, irão adotar outras confissões. O que nem sempre nos perguntamos é o motivo pelo qual, em pleno Século XXI, algumas denominações ainda se ‘prendem’ em documentos tão antigos ou tão rígidos e o motivo é um só: a igreja de Cristo sempre foi confessional.

O inicio da Igreja, no antigo testamento.

    Desde o início da igreja, no Antigo Testamento, nós vemos o encorajamento do SENHOR para que o povo de Deus confessasse frequentemente o que cria como uma forma de educar e disciplinar o coração à verdade e, mais que isso, como modelo para a adoração. Já no Pentateuco, o Senhor Deus encorajava a confissão como uma forma de tratar o coração de seus servos e, talvez, possamos considerar o Shemá (palavrinha hebraica que quer dizer “ouve”), em Deuteronômio 6:1-9, como uma das primeiras confissões de fé ‘formais’ da história da igreja – uma confissão de fé dada pelo próprio Deus.

Esse mesmo padrão foi utilizado na igreja do Novo Testamento. Veja o texto de I Timóteo 3:16, por exemplo. Ainda que não possamos afirmar com certeza o contexto em que esta frase era utilizada, ainda assim, podemos perceber que Paulo se apropria de algo que era bastante conhecido das igrejas – provavelmente, porque se tratava de uma breve confissão de fé da igreja do Novo Testamento. E de onde esse padrão de confessionalidade vem? Certamente, vem da necessidade de estabelecermos um padrão daquilo que cremos em comum. Confessar nada mais é do que pronunciar a fé que temos em comum.

No texto de João 6:68,69, citado acima, vemos que Pedro faz uma confissão de fé ao Senhor ao declarar quem Jesus é (“o Santo de Deus” – título messiânico que apontava para a perfeição de Deus e daquEle que viria resgatar o povo de Deus) e o que Jesus tem a oferecer (“palavras de vida eterna” – uma referência a nossa completa dependência de quem Jesus é). Pedro estava demonstrando que os verdadeiros discípulos, aqueles que não abandonam Jesus, são aqueles que creem e confiam completamente em Jesus.

   Mas não apenas isso: Pedro também demonstra pra nós que uma compreensão sistemática daquilo que nós cremos e confiamos é essencial para moldar nosso coração em obediência à verdade. Quando abandonamos a confessionalidade corremos o risco de abandonarmos a verdade também.

Que Deus nos abençoe!

Rev. Thiago Mattos

Igreja Presbiteriana do Tarumã

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