Reforma Protestante.
“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses, não choveu. Depois, orou de novo, e então o céu deu chuva, e a terra produziu os seus frutos.” – Tiago 5:17,18
Sempre que chegamos no mês de outubro, nos vemos direcionados a celebrarmos a Reforma Protestante. E é muito bom que isso aconteça! Nós pertencemos a uma tradição cristã – a tradição reformada. É curioso, no entanto, que alguns irmãos entendam a Reforma Protestante apenas como um legado teológico e que, para estes, distancia os crentes ‘comuns’ dos grandes eruditos.
É verdade que uma das grandes marcas que a Reforma nos deixou é a transformação doutrinária da igreja em muitos aspectos. Mesmo que alguns dos princípios doutrinários mais fundamentais (a doutrina da Trindade e da Divina-humanidade de Cristo, por exemplo) já estivessem muito bem estabelecidos e não foram questionados pelos reformadores, é evidente que muitos aspectos da fé foram transformados a partir de uma interpretação mais fiel à Palavra que à magistratura da igreja (também chamada de ‘Tradição’).
No entanto, a Reforma também nos legou sistemas de governo diferentes daquele praticado pela igreja da Idade Média, dentre os quais, os mais notórios são o Congregacionalismo, o Episcopalismo (ainda que este seja bastante semelhante com a Igreja Romana) e, principalmente, o Presbiterianismo (que nós adotamos como sistema bíblico de governo).
Associamos o legado da Reforma, a partir da mudança litúrgica.
Outros associam o legado da Reforma a partir da transformação litúrgica. Evidentemente, muitas mudanças aconteceram nesse sentido: o fato de não celebrarmos uma missa (momento em que o sacrifício de Cristo é repetido), a simplicidade do culto direcionado exclusivamente a Deus, a centralidade da pregação.
Acontece que, infelizmente, muitos olham para a perspectiva doutrinária, litúrgica e do sistema de governo que a Reforma nos legou como se isso fosse um ‘problema dos outros’; uma realidade que em nada interfere na vida da igreja. Isto é, claramente, um engano. Na verdade, cada uma dessas 3 perspectivas afetam de maneira definitiva a nossa fé e a nossa vida. É exatamente por isso que estes são princípios tão caros para nós.
Tanto isso é verdade que nossa piedade deveria ser extremamente impactada por cada uma dessas áreas. E isso porque cremos que a nossa compreensão doutrinária, o nosso sistema de governo e a nossa liturgia deveriam, com toda certeza, nos conduzir a uma compreensão ainda mais majestosa e mais graciosa a respeito do caráter de Deus. E é pra nossa tristeza que talvez possamos observar que, infelizmente, isso não acontece.
Que Deus nos ajude, a sermos uma Igreja Reformada.
Uma vez que somos completamente direcionados pela e para a Palavra, nós deveríamos ser aqueles que provam de uma espiritualidade ativa como a que nós vemos na Palavra. É preciso que a nossa teologia sólida nos conduza a uma vida de oração sólida; uma doutrina e um sistema de governo estabelecidos na Palavra devem nos levar a uma piedade estabelecida na Palavra; uma liturgia centrada em Deus nos leva a uma espiritualidade centrada em Deus.
Para que sejamos, de fato, uma Igreja Reformada, devemos nos dedicar mais a uma vida de oração de acordo com os princípios bíblicos que norteiam nossa fé!
Que Deus nos ajude,
Rev. Thiago Mattos de Lara
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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