Emoções desiquilibradas.
”Mesmo sem tê-lo visto vocês o amam. Mesmo não o vendo agora, mas crendo nele, exultam com uma alegria indescritível e cheia de glória, obtendo o alvo dessa fé: a salvação da alma.” (I Pedro 1:8,9)”
Certa vez, conversava com um amigo pastor e eu falava sobre o quão admirável era a fé de um determinado irmão. A resposta desse meu amigo foi: “o problema é que ele chora demais…” É evidente que alguém que tem emoções desequilibradas é, de fato, um problema, afinal, uma fé bíblica traz a redenção das nossas emoções. No entanto, a fala deste pastor reflete a forma como nós, presbiterianos, enxergamos as emoções: elas são ’ameaças’ à nossa fé! Afinal, nós temos um exercício de fé ‘mais racional’ (talvez, mais intelectual), que não abre espaço para o emocionalismo.
Acontece que, por conta do nosso medo de cairmos no emocionalismo e extrapolarmos no ‘sentir’, desequilibramos para o outro lado – mantemos um racionalismo doentio a respeito da fé e das coisas espirituais. Confesso não saber se este receio está relacionado à essência da fé reformada ou se isso é influência do liberalismo pernicioso que dominou o pensamento da igreja do século XX. Digo isso porque não consigo encontrar tal aversão na origem e no desenvolvimento da teologia reformada – ao contrário, vemos nos Reformadores e nos Puritanos uma teologia extremamente emotiva, onde o “sentir Deus” fazia parte da experiência de fé. Com isso, parece evidente que, ao negarmos a importância das emoções na fé, estamos sendo muito mais adeptos do liberalismo racionalista que Reformados, de fato.
Importância das emoções para nossa Fé.
Em Cristo!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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