É verdade que, sim, muitas vezes, nós pastores nos vemos cobrados de maneira injusta por nossas ovelhas a respeito de expectativas dos membros da igreja sobre como “deve” ser um pastor – expectativas que foram ‘criadas’ no coração da igreja pelos seus próprios anseios e não pela Palavra. Às vezes, esperamos que nossos pastores preguem, aconselhem, visitem, liderem, ensinem, discipulem, evangelizem, administrem a igreja, exortem, corrijam – tudo isso – do jeito que “nós” queremos e não necessariamente do jeito que a Palavra ordena que eles façam.

   Mas existem expectativas ainda mais cruéis: expectativas que foram ‘inventadas’ pela observação de outros pastores, do presente ou do passado – “Ah… Bom era o pastor Fulano que fazia isso ou aquilo…” Essas expectativas são ainda mais injustas porque cada pastor tem suas próprias características, habilidades e especificidades ministeriais – e cada uma dessas coisas foi concedida pelo próprio Deus a cada pastor que Ele mesmo levanta para pastorear a Sua igreja.

    Quando estabelecemos que o padrão do exercício pastoral é o “nosso” coração ou um outro pastor que gostamos muito, estamos dizendo ao Senhor que chamou os mais diferentes pastores, com as mais variadas características e habilidades, que o padrão que Ele estabelece é falho ou menos importante. Estamos dizendo ao Senhor que queremos pastores segundo o “nosso” coração e não segundo o coração dEle! E, se nós queremos viver em fidelidade ao Senhor, então, nós precisamos aprender a conformar o nosso coração ao que Ele quer para Sua igreja e para Seus pastores.

   Que o Senhor continue operando em Seus pastores para que sejam conformados ao Seu coração! Que o Senhor continue operando em Sua igreja para que o coração dos crentes esteja alinhado ao Seu coração!