O coração de um crente reformado.
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: ‘O justo viverá por fé’.” (Romanos 1:16,17). A Reforma Protestante do século XVI promoveu uma grande transformação na doutrina e na eclesiologia da igreja cristã. A partir da Reforma, vemos que alguns dos pontos mais fundamentais da doutrina dos apóstolos voltaram a ser enfatizados na vida da igreja de Cristo e, por causa disso, uma imensa diferença de como os crentes se relacionam com a igreja. É evidente que muitas doutrinas marcaram a grande mudança que passou a acontecer na vida da igreja a partir de 1517. Se podemos citar alguns pontos essenciais dessa transformação, certamente pensaríamos nas doutrinas da Justificação pela Fé, da Autoridade e Suficiência das Escrituras, da Suficiência de Cristo para a Salvação e do Sacerdócio Universal dos Crentes.
Acontece que não podemos pensar na Reforma Protestante apenas como um movimento doutrinário ou eclesiológico, como se, individualmente, os crentes não tivessem sido afetados por estas mudanças. A Reforma também foi uma reforma de corações! Longe de ser uma transformação meramente ‘formal’, o que nós podemos perceber que houve uma transformação da piedade e do relacionamento com Deus. É evidente que, com isso, não estamos dizendo que não existia piedade antes da Reforma – seria irresponsável da nossa parte pensar que a verdadeira piedade cristã começou em 1517. No entanto, podemos entender sim que, a partir desse movimento histórico, os crentes passaram a entender o relacionamento com Deus como algo ainda mais pessoal do que praticavam antes.
A Reforma Protestante.
Isso se dá pelo fato de que as doutrinas que o movimento reformado defendia não se tratavam apenas de uma compreensão intelectual ou de construção filosófica. Muito mais que isso, os Reformadores estavam pensando na vida com Deus dos cristãos! A grande demonstração disso é aquilo que lemos sobre as pregações dos Reformadores – João Calvino, Martim Lutero, Ulrico Zuínglio e tantos outros pregavam não apenas para ensinar a ortodoxia, mas para a transformação dos corações! E eles faziam isso porque entendiam que a adesão às doutrinas reformadas não era apenas um consentimento intelectual, mas também a compreensão de uma vida transformada.
Ser um Reformado, para os Reformadores, implicava em transformação de vida! Aderir à Reforma, significava aderir a uma nova visão sobre a piedade, sobre o relacionamento com Deus. É exatamente por isso que cremos que ser um crente reformado nos leva a viver desfrutando de um relacionamento profundo com o Senhor – um relacionamento que deveria moldar 1) nossa vida de oração (uma vez que cremos que, em Jesus, temos livre acesso a Deus – Justificação pela Fé), 2) nossa dedicação em aprender a Palavra (uma vez que cremos na Autoridade das Escrituras), 3) nosso zelo pelas boas obras (uma vez que cremos no Sacerdócio Universal) e 4) nosso combate contra a idolatria do coração (uma vez que cremos na Suficiência de Cristo).
Por causa disso, reforme o seu coração! Para que, assim, você seja um crente verdadeiramente reformado!
Que Deus te abençoe!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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