Exercite-se, pessoalmente, na PIEDADE.
“…Exercite-se, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico tem algum valor, mas a piedade tem valor para tudo, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de vir.” (I Timóteo 4:7,8)
Um antigo programa de comédia tinha, entre seus participantes, um professor de academia que dizia: “Saúde é o que interessa; o resto não tem pressa.” O slogan ficou bastante conhecido desde então justamente porque passávamos a viver um crescente interesse pelas práticas que contribuem com uma boa saúde física e mental. Estas práticas incluem uma boa disciplina com o sono, a alimentação saudável, não cultivar hábitos prejudiciais à saúde (como o tabagismo e alcoolismo) e a prática de exercícios físicos.
Em nossos dias, dificilmente alguém negaria que estas práticas são extremamente benéficas se queremos ter uma vida saudável. Vivemos uma “geração saúde”! E não praticar exercício físico em nossos dias se tornou quase que um problema moral – não duvido que daqui alguns dias alguém que não pratique exercícios físicos regulares seja tido como um ‘mau caráter’ em nossa cultura, alguém com quem os filhos sejam impedidos de se relacionar: “Filho, não quero que você fale com o fulano… Fiquei sabendo que o pai dele não faz academia…”
Devemos zelar pela nossa saúde.
Ainda que a Bíblia seja clara em dizer o quanto precisamos nos cuidar e zelar pela nossa saúde, temos que admitir que ela preza muito mais pela saúde da nossa piedade. E o motivo disso é muito fácil de compreender: enquanto o exercício físico contribui para uma vida saudável, a piedade é decisiva para uma eternidade saudável. Para termos uma boa compreensão da vida eterna, nos deleitarmos naquilo que desfrutamos da parte de Deus, então, devemos nos exercitar na piedade. Mas o que é isso?
Piedade é o termo que a Bíblia utilizam para se referir a tudo aquilo que diz respeito a Deus e ao nosso relacionamento com Ele. E perceba que a orientação de Paulo a Timóteo é que ele deveria se “exercitar” na piedade. Por isso, compreendemos que piedade não é apenas uma ‘consideração’ por Deus e porque quem Ele é, mas é uma prática. A compreensão de que Deus existe e que, em Cristo, nós devemos nos relacionar com Ele é o início da piedade.
O que devemos fazer para que a piedade, produza frutos em nós.
No entanto, essa piedade deve ser praticada para que ela produza frutos verdadeiros em nós – devemos cultivar hábitos piedosos. Mas como fazemos isso?
A primeira coisa que devemos fazer é manter uma disciplina constante de leitura da Palavra: ninguém poderá relacionar-se com Deus se não conhecer a Deus e a Sua Santa vontade. Da mesma forma, precisamos cultivar o hábito da Oração: a verdadeira piedade deposita em Deus toda a confiança e reconhece que o Senhor é o único recurso que temos diante das lutas e angústias, sejam estas lutas externas (resultado do pecado dos outros) ou internas (resultado do nosso pecado).
Ao realizarmos estas coisas diariamente, somos chamados também para a reflexão, afinal, por causa da nossa pecaminosidade, temos a tendência à impiedade, ou seja, desconsiderarmos o Senhor em nosso dia a dia. Por conta disso, é importantíssimo que, além do nosso tempo de oração e leitura da Palavra, tenhamos um tempo para meditarmos no Ser de Deus e nos seus poderosos feitos. E tudo isso é fortalecido quando prezamos pela nossa vida em comunidade, pois é em meio à família da fé que somos confrontados em nossos pecados; é na vida com o povo de Deus que verdadeiramente recebemos da graça e da bênção de Deus quando adoramos coletivamente.
Que o Senhor faça de nós uma “geração piedade”!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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