Como posso viver a igreja segundo o coração de Deus? Pt.03| Rev. Thiago Mattos

03.05.2024

Como posso viver a igreja segundo o coração de Deus? Pt.03| Rev. Thiago Mattos

Ser fiel até a morte.

“Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10b)
 
   A cidade de Esmirna competia com a Éfeso sobre qual seria a cidade mais importante da Ásia menor. E mesmo não tendo a importância ou tamanho de Éfeso, a adoração ao imperador César, elevava o padrão da cidade em importância. Apesar disso, Esmirna possuía uma comunidade judaica bastante relevante na cidade. E se por um lado, como monoteístas que são e, por causa disso, não se rendendo a adoração a César, desfrutavam de certos privilégios por seguirem uma religião reconhecida pelo Estado.
  
   Acontece que diante dessa realidade, os cristão se viam perseguidos por ambos: gentios e judeus. E isso acontecia porque, na época, o cristianismo era visto por Roma como uma seita do judaísmo. Por outro lado, o judaísmo não aceitava a mensagem do Caminho (Atos 9:2; 19:9) e, por isso, perseguiam a igreja. 

Perseguição da igreja.

    A perseguição na cidade de Esmirna era tão intensa que os cristãos não podiam trabalhar, negociar ou ocupar cargos no governo. Os cristãos de Esmirna eram lançados na prisão para aguardar seu julgamento. Muitos eram torturados e mortos por sua fé em Jesus. No entanto, o amor a Cristo dos crentes de Esmirna era tão intenso que nada disso foi suficiente para esfriar ou apagar a fé daqueles homens e mulheres de Deus. Enquanto isso, muitos daqueles que se dizem cristãos, em nosso tempo, negam sua fé por tão pouco…


   A história da igreja nos conta a respeito da vida de um homem, pastor da igreja de Esmirna: Policarpo, um homem que havia sido discípulo do próprio João, autor do Apocalipse, e é bastante provável que o anjo da igreja a quem a carta se destina fosse o próprio Policarpo. Policarpo foi preso e levado diante de uma arena imensa, lotada de romanos e de autoridades, e forçado a dizer: “Fora com os ateus!” (os cristãos eram chamados de ‘ateus’ por não reconhecerem a divindade de César), negando sua fé. No entanto, Policarpo aponta pra toda a multidão que o cercava e diz: “Fora com ESTES ateus”. Diante disso, veio a sua acusacão: “Esse é o mestre da Ásia, pai dos cristãos, aquele que derruba por terra e que tem ensinado a muitos a não sacrificarem e não adorarem [a César].” A sua defesa foi: “Por 86 anos tenho servido a Cristo e ele nunca me fez mal algum. Como posso blasfemar contra o meu Rei e aquele que me salvou?”


  Por causa disso, foi condenado a morrer queimado, mas o que sabemos é que Policarpo zombou do fogo e alertou seus algozes a respeito do fogo do juízo eterno de Deus. Quando ele foi jogado na fogueira, o fogo fez um arco ao seu redor e Policarpo permaneceu intocável. Neste momento, um soldado o feriu com uma adaga e o matou. Lendo a história de Policarpo, me pergunto se Jesus não teria razão quando perguntou: “Contudo, quando o Filho do Homem vier, será que ainda encontrará fé sobre a terra?” (Lucas 18:8). Será que nós encontramos em nós tamanha firmeza e perseverança na fé?


   Uma igreja segundo o coração de Deus é uma igreja que persevera nAquele que salva! Mesmo diante da oposição terrível do mundo em que vivemos!

Que Deus te abençoe!

Rev. Thiago Mattos

Igreja Presbiteriana do Tarumã

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