A Igreja de Efeso se tornou uma grande potência.
“Você tem perseverança e suportou provas por causa do meu nome, sem esmorecer. Tenho, porém, contra você o seguinte: você abandonou o seu primeiro amor.” (Apocalipse 2:3,4)
Imagine você viver em uma cidade enorme, próspera, crescente, uma referência em muitos sentidos, uma verdadeira potência em muitas áreas, mas completamente idólatra: assim era a cidade de Éfeso no tempo do Novo Testamento. É óbvio que Éfeso não era diferente das grandes cidades dos nossos dias. O pastor Tim Keller dizia que para descobrirmos a idolatria de uma cidade, precisamos olhar para suas construções mais suntuosas. Em Éfeso, não era diferente – existia na cidade um enorme santuário à falsa divindade grega Diana, considerada a ‘deusa’ da caça, mas era completamente indiferente ao amor.
Assim como a cidade, a igreja de Éfeso tornou-se uma grande potência. A igreja crescia, servia, não suportava os maus entre ela e colocava à prova os falsos apóstolos (Ap 2:2). Existem relatos de historiadores que dizem que os cristãos eram tão numerosos e tão influentes naqueles dias que, mesmo diante de uma realidade completamente idólatra, os templos pagãos estavam quase vazios. Era uma igreja viva, que vivia a perseverança e que, mesmo enfrentando a provação, suportou todas as cosias por amor ao nome de Cristo (Ap 2:3).
Como igreja corremos riscos.
No entanto, com o passar do tempo, este amor foi esfriando, foi enfraquecendo. Até que os cristãos efésios passassem a perseverar no trabalho e a testar a maldade do engano por mera religiosidade e não por amor a Jesus! Perceba: assim como Diana, a igreja de Éfeso se tornou indiferente ao amor ao ponto de abandoná-lo. Continuavam a realizar grandes feitos, odiavam as obras dos hereges e perversos (Ap 2:6), mas não faziam isso por amor. Talvez, nós tenhamos a tendência de pensar que, pelo menos em um sentido, eles estavam corretos e, de certa forma, o próprio Jesus diz que estavam. Mas o alerta de Cristo a esta igreja precisa nos fazer lembrar de que a dinâmica da nossa existência como cristãos é o amor a Jesus. Isso se dá de tal forma que Jesus os chama ao arrependimento dizendo que eles corriam o risco de deixar de ser considerada uma igreja de verdade (Ap 2:5).
Como igreja, nós sempre corremos o risco de fazermos muitas coisas boas: servir, trabalhar, realizar grandes eventos, evangelizar, reprovar a mentira e o engano, lutar contra a imoralidade e a idolatria. Mas quando todas essas coisas não são motivadas pelo nosso amor ao Senhor, então, nos tornamos passíveis da repreensão de Jesus. Trabalhar arduamente em favor de Cristo e do avanço do Reino, servir uns aos outros, conhecer e viver o Evangelho, ser intolerante com a maldade do engano e exultar a glória da verdade é o que somos chamados a viver – mas tudo isso precisa ser feito movido pelo amor a Jesus.
Que Deus te abençoe!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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