Bondade de Deus.
Quando nós enfrentamos graves adversidades na vida, uma das primeiras coisas que percorre a nossa mente é a dúvida a respeito da bondade de Deus. Não da bondade intrínseca do caráter de Deus (“Deus é bom?”), mas da bondade específica de Deus (“Deus é bom para comigo?”). Acredito que um dos ataques mais elementares de Satanás em nossas vidas é nos fazer duvidar da bondade de Deus – afinal, ao duvidarmos que Deus é bom, imediatamente, começaremos a procurar outras coisas que, de maneira limitada, poderiam suprir a bondade de Deus que sentimos que nos falta.
Veja: quando duvidamos da bondade de Deus em nos sustentar, passamos a procurar outro objeto para confiarmos que irá nos sustentar (o trabalho, o sucesso, os recursos financeiros, etc); quando duvidamos da bondade de Deus em ser nosso fiel companheiro, passamos a buscar desesperadamente outro tipo de companhia (relacionamentos idólatras, dependência emocional, etc); quando duvidamos da bondade de Deus em nos livrar das nossas angústias, passamos a procurar consolo em outros recursos (entretenimento desmedido, lazer em desequilíbrio e, em alguns casos, até dependência medicamentosa).
As nossas dúvidas sobre a bondade de Deus surgem quando temos dores e lutas.
É curioso que o momento em que o salmista escreve este mandamento, foi um momento de grande adversidade. O sobrescrito do salmo nos diz: “Salmo de Davi, quando se fingiu de louco na presença de Abimeleque e, por este expulso, ele se foi.” Davi escreveu este salmo sabendo das grandes perseguições que enfrentava e do sofrimento a que estava sujeito – ele havia experimentado de grande libertação, é verdade; no entanto, estava enfrentando um momento de grande adversidade.
A história nos conta a respeito de um dos mártires da igreja no Século II, chamado Policarpo que, ao ser obrigado a negar sua fé em Jesus, disse: “Há oitenta e seis anos eu tenho sido servo de Jesus e ele nunca me faltou. Como blasfemarei contra o meu rei que me salvou? Não estamos acostumados a nos arrepender do que é bom para mudar para o que é mau.” Policarpo foi condenado a fogueira, no entanto, o fogo queimava ao seu redor, mas sequer tocava o corpo daquele homem de Deus. Cedendo a pressão, o carrasco, então, o matou à espada. Apesar de sua morte terrível, Policarpo continuou crendo e experimentando da bondade de Deus.
Todas as nossas dúvidas a respeito da bondade de Deus surgem quando enfrentamos as dores e lutas – no entanto, é justamente em meio às lutas que podemos experimentar de maneira ainda mais intensa da Sua doce bondade. Isso porque a bondade de Deus não significa a ausência do sofrimento, mas em saber que, apesar do sofrimento, o Senhor nunca nos abandona. Não deixe que o diabo (ou mesmo o seu coração) te faça duvidar disso!l
Que Deus nos abençoe,
Rev. Thiago Mattos de Lara
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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