Como identificar a idolatria do nosso coração? | Rev. Thiago Mattos

03.06.2022

Como identificar a idolatria do nosso coração? | Rev. Thiago Mattos

Estamos idolatrando outro objetivo de vida.

“Os ídolos das nações são prata e ouro, obra de mãos humanas.” (Salmo 115:4)

    Para que possamos tratar da idolatria com mais profundidade, precisamos começar a meditar sobre algumas outras coisas que, normalmente, nós não pensamos. Por exemplo: o que, de fato, te motiva a levantar da cama todas as manhãs? Provavelmente, você pense: “o que me motiva são os boletos que vão vencer!” ou, talvez, “preciso cuidar da minha família…” ou, até mesmo, “preciso me ocupar pra não pensar/fazer besteira!” Quando nossa maior motivação para levantarmos pela manhã é algo diferente do que o próprio Deus e sua graça, então, é porque estamos idolatrando outro objetivo de vida.


    Pense em algo que, se você perder, tornaria a sua vida sem sentido. Ou, quem sabe, algo que você considera que tornaria a sua vida melhor e mais feliz se você possuísse. Pois bem… este algo ou alguém é o seu ídolo.

Quando mentimos ou falhamos em amar, estamos concendendo nosso senhorio em outros deuses.

    Veja como isso é profundo: você já parou pra pensar o motivo pelo qual, em algumas situações você mente? Permita-me dizer isso de outra forma – você não é uma pessoa mentirosa. Você é alguém que fala a verdade em todas as situações. Mesmo quando está sobre pressão, você permanece firme contra a mentira e acredita fielmente que a verdade é sempre melhor, não é mesmo? No entanto, você vai lembrar muito bem de alguma situação em que você mentiu… É nesse momento que você pode identificar a idolatria, afinal, você, que sempre fala a verdade, mentiu para preservar aquilo (ou aquele) que idolatra.


      Na verdade, todas as vezes que mentimos, ou que falhamos em amar, ou quando vivemos de modo egoísta é porque estamos concedendo o senhorio de nossa vida a falsos deuses: seja o dinheiro, o sucesso, a família, o poder, o louvor e a aprovação de outras pessoas, o reconhecimento, o sexo, a moralidade, a identidade social e, até mesmo, o seu senso de ‘certo e errado’ (de justiça). Mas perceba: nem mesmo essas coisas são fáceis de identificar.

Podemos idolatrar o dinheiro.

   Veja o dinheiro, por exemplo. Alguém pode idolatrar a segurança que o dinheiro supostamente traz. Outra pessoa pode idolatrar o conforto que o dinheiro supostamente traz. Um terceiro pode idolatrar o ‘status’ que o dinheiro supostamente traz. Aquela primeira pessoa, que está pensando na segurança, irá acumular o máximo que conseguir e, muitas vezes, será dominado pela avareza. O segundo, por outro lado, pode gastar os seus haveres com viagens, entretenimento, uma boa televisão e um sofá confortável, alimentando, assim, a preguiça. O último, por sua vez, pode ser tomado de tal forma pelo desejo de ostentar que acumulará dívidas para receber o louvor que sua alma deseja.


   O mesmo pode acontecer com todos os outros ídolos que cultivamos em nosso coração. Mas o fato é que todos os seres humanos acabam baseando suas vidas em algum interesse supremo ou alguma submissão total a algo (ou alguém). E, quando isso acontece conosco, provamos de muitos prejuízos e, de fato, a persistência na idolatria acaba por nos destruir. Na próxima semana, veremos o prejuízo que a idolatria causa em nós.

Que Deus tenha misericordia de nós!

Rev. Thiago Mattos.
Igreja Presbiteriana do Tarumã

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