“Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou.” (Lucas 24:5b,6a)

       Seria natural que, ao nos aproximarmos da Páscoa, ouvíssemos alguma reportagem ou entrevista que falasse sobre o real significado dessa data para os cristãos. No entanto, na sociedade em que nós vivemos, que é dominada por uma cultura completamente contrária ao Evangelho, as pessoas que são convidadas para falar sobre isso são aqueles que se dizem teólogos e não o são – falam que são pastores, mas são falsos profetas. E por que digo isso? Essa semana, dois ‘ícones’ religiosos, representantes de movimentos ideológicos, negaram explicitamente a ressurreição corporal de Cristo, dizendo que “Jesus ressuscitou na memória” ou “nos corações” daqueles que crêem.

     Essas perversões surgem por vários motivos. O primeiro deles é porque precisam adaptar o cristianismo a sua verdadeira crença, que é ideológica e não a fé verdadeira. Sendo assim, o Jesus que a Bíblia nos revela (e que, de fato, não é um rebelde anti-sistema que lutava contra a opressão do império romano) não ‘encaixa’ na ideologia destes falsos pastores. Mas por traz disso, um outro motivo se apresenta: esse tipo de fala, traz em seu ideal, a tentativa de deslegitimar a maior parte da cristandade que, por razões óbvias, não aceita tais discursos ideológicos. Se não vejamos: uma vez que os cristãos, em sua maioria, rejeitam os movimentos políticos-ideológicos dos quais esses falsos profetas representam, eles precisam demonstrar que esses cristãos estão errados, a começar pelas verdades mais essenciais da fé cristã: a ressurreição, por exemplo