3º Domingo do Advento.
Sempre que pensamos no Natal, pensamos em um tempo de muita alegria. Ainda que existam pessoas que, por diversos motivos, não gostam do período do Natal, esta época do ano é sempre muito festiva e alegre. O tempo do reencontro com os familiares, a troca de presentes, a ‘festa da firma’, férias, as preparações para a Ceia, as decorações… Cada uma dessas coisas vai enchendo o nosso coração de alegria porque, normalmente, o Natal nos remete a algo bom. Mesmo entre aqueles que não vivem a vida cristã, o Natal é sempre motivo para comemorar. Mas, evidentemente, é entre aqueles que, de fato, professam a fé cristã que o Natal se torna um motivo de ainda maior alegria.
E podemos dizer isso porque o Natal não nos lembra apenas das coisas ordinárias, citadas acima, dessa época do ano. Mas, muito mais que isso, o Natal nos remete a uma gloriosa promessa cumprida por Deus no Advento de Cristo. A espera da redenção prometida no Antigo Testamento chegou ao fim – Jesus, o Salvador, nasceu e, por isso, celebramos com alegria. No entanto, nós não podemos nos esquecer de uma das perspectivas mais gloriosas da Escatologia (Doutrina das Realidade Última – as últimas coisas que acontecerão, segundo a revelação da Palavra de Deus). A realidade do “já e ainda não”!
Esta perspectiva escatológica nos faz lidar de maneira bíblica com alguns dos paradoxos temporais sobre a realidade última da existência. Dessa forma, nós “já” estamos salvos, mas nossa glorificação “ainda não” foi realizada; nós “já” vivemos com Cristo, mas “ainda não” desfrutamos perfeitamente da Sua presença; nós “já” possuímos a vida eterna, mas “ainda não” usufruímos da Eternidade. Em outras palavras, nós já possuímos todas as coisas que nos são prometidas por intermédio de Cristo “já” nos foram concedidas, mas nós esperamos o cumprimento final de cada uma dessas bênçãos que “ainda não” foram completadas em nós.
A nossa espera deve ser cheia de Alegria.
No entanto, sempre que nós falamos de esperar alguma coisa sempre pensamos em uma realidade angustiante, impaciente, que nos causa medo, dúvida, amargor. Afinal de contas, nós nunca sabemos o que e o quanto devemos esperar, não é verdade? Mas e se aquilo que esperamos for garantido pelo Senhor e pela Sua Palavra? E se o que esperamos estiver relacionado com as promessas já cumpridas do Senhor? Digo isso porque o Natal é a prova de que Deus cumpre suas promessas!
É por isso que a Palavra de Deus nos diz que a nossa espera deve ser cheia de alegria! E qual é o motivo pelo qual nós podemos nos alegrar? Será que nossa alegria está reservada apenas para o momento final, quando, finalmente, a realidade última deste mundo será completado? Será que nossa alegria deve ser vivida apenas no céu?
O Natal nos diz que não! Quando celebramos o Natal estamos dizendo: “Jesus nasceu! Deus cumpriu suas promessas de Salvação – o Redentor “já” veio ao mundo para nos salvar!” No entanto, Jesus “ainda não” efetuou a nossa glorificação e, por isso, alegremente esperamos a nossa completa Redenção. Por isso, “exultem e gritem de alegria, ó moradores de Sião, porque grande é o Santo de Israel em meio de vocês.” (Isaías 12:6)
Feliz Natal!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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