A Igreja de Filadelfia.
“Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome.” (Apocalipse 3:8b)
Filadélfia! A igreja que continua inspirando muitas outras igrejas em todo mundo e em todos os tempos. Em nosso Sínodo temos, inclusive, uma Igreja Presbiteriana Filadélfia. Mas por quê? Filadélfia, em grego, quer dizer ‘amor fraternal’. E podemos supor que essa era uma característica daquela igreja. Jesus faz um tremendo elogio a esta igreja porque ela guardou a palavra de Cristo e não negou o nome de Cristo. Uma excelente forma de guardarmos a Palavra de Jesus e vivermos em fidelidade a Ele é amando nossos irmãos!
Cerca de 80 anos antes de João escrever o Livro de Apocalipse, a cidade de Filadélfia foi atingida por um terremoto e, junto com Sardes e outras dez cidades, foi completamente devastada. O imperador romano Tibério foi quem reconstruiu as duas cidades. E, por isso, o culto ao imperador, prática comum na época do Império Romano, se intensificou naquelas cidades. No entanto, diferente de Sardes, Filadélfia permaneceu fiel. Guardou a Palavra de Cristo! E para aqueles que guardam a Palavra, Jesus promete uma porta aberta que ninguém pode fechar.
Porta aberta.
Nós não sabemos ao certo o que esta porta aberta indica. Mas podemos supor que esta porta aberta é uma possibilidade de evangelização da cidade de Filadélfia; uma oportunidade ministerial. Se pensarmos assim, podemos perceber que mesmo sendo uma igreja fraca, com poucos recursos, ainda assim, Jesus é quem sustenta o ministério da igreja. Diante disso, não podemos ficar parados! Cristo é a garantia do nosso sucesso ministerial. Se vamos ter êxito na pregação do Evangelho e no desempenho da missão da igreja é porque Jesus mantém a porta aberta.
No entanto, o mais provável é que esta porta aberta simbolize a salvação eterna que Jesus tem para aqueles que guardam a sua palavra. Em Isaías 22:15-25, nós somos apresentados a história de um administrador infiel, chamado Sebna. Deus, através do profeta, levanta um homem, Eliaquim, que teria a chave do reino de Davi e seria um homem honrado na administração dos recursos do reino. Eliaquim é, na teologia bíblica, um tipo de Cristo – ele apresenta a fidelidade dAquele que tem a chave do Reino Eterno, o Senhor Jesus! O texto de Apocalipse 3:7 nos testifica isso quando Jesus se identifica como “o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi…” (Ap 3:7) E isso nos traz a segurança de saber que é o nosso Rei quem mantém a porta aberta para aqueles que guardam a Palavra!
Ainda que Filadélfia fosse uma cidade traumatizada por um terremoto, a segurança eterna que temos em Jesus é uma tremenda promessa! E, por melhor que fosse o imperador Tibério, ninguém poderia prometer uma segurança tão inabalável como Jesus. Só nEle encontramos a Rocha Eterna que não se abala! Só nEle podemos ser uma coluna indestrutível no santuário de Deus. Esta é a promessa para aqueles que permanecem fiéis guardando a Palavra!
Guardar a Palavra não é um esforço de tão somente ‘aprender’ a Palavra. Muito mais que isso, precisamos perceber que uma igreja segundo o coração de Deus vive e é moldada pela Palavra!
Em Cristo!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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