Segundo domingo do Advento.
…Você porá o nome dele de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1:21b)
Você já parou pra pensar que existe uma triste realidade a respeito do Natal? E, com isso, não estou falando sobre a meia que você pode ganhar de amigo-secreto; nem da ‘confraternização da firma’ que poucos gostariam de participar, mas sentem-se obrigados a isso. Também não estou pensando no fato de que uma família cheia de desavenças, na qual, alguns talvez tenham se recusado a participar da festa de véspera de Natal. Muito menos me refiro à saudade daqueles familiares e amigos que já partiram e estão com o Senhor que tais comemorações nos trazem. Ainda que alguns destes motivos podem realmente nos levar às lágrimas, quando menciono uma triste realidade do Natal, estou falando da razão pela qual o Natal se fez necessário: o nosso pecado.
Ainda que existam pessoas que não gostam do Natal e, além disso, não gostam das coisas que não são muito boas a respeito do Natal, é muito difícil pensar em um motivo pelo qual nós devamos nos entristecer neste período. No entanto, precisamos nos lembrar que o pecado é o motivo pelo qual o Natal existe. E dizemos isso porque Jesus veio para nos salvar de nossos pecados e que, se não fosse pelos nossos pecados, o nascimento de Jesus não seria necessário.
História da Salvação.
A história da salvação, contada na Palavra, nos mostra que, apesar da aliança gloriosa que o SENHOR Deus construiu com o Seu povo, ainda assim, por causa da desobediência, este povo precisava de redenção – precisava ser salvo de seus pecados. E Jesus nasceu justamente para isso: “…ele salvará o seu povo dos pecados deles.” A necessidade da encarnação acontece porque o povo de Deus violou a Sua aliança, desobedeceu a Lei de Deus.
Acontece que esta desobediência (que nós chamamos de pecado) é uma manifestação de toda a humanidade, desde o Éden – a partir do momento em que Adão e Eva permitiram-se enganar pela sedução da semente, todos os seres humanos se tornaram necessitados da intervenção graciosa de Deus, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23)
Natal não é somente festa.
É por isso que o Natal não é somente um período para muita festa e alegria; nós também somos chamados a contrição e ao arrependimento. Quando celebramos o nascimento de Jesus, nós também devemos chorar por causa dos nossos pecados: por causa deles, o Senhor da Glória precisou encarnar, viver o desprezo e, mesmo sem ter cometido pecado, padecer na cruz do Calvário. No Natal, não podemos deixar com que a manjedoura nos faça esquecer da cruz.
Se, durante esta época do ano, nós somos desafiados a esperança (porque Jesus veio, nós cremos que Ele vai voltar), devemos ter o nosso coração cheio de temor. Afinal, se estivéssemos constantemente lembrando da vinda do Senhor, será que viveríamos de maneira tão negligente, a ponto de nos permitirmos tanta incredulidade, imoralidade, engano, ganância e mentira da nossa parte?
Que a Esperança do Natal nos faça derramar lágrimas de arrependimento!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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