Não sejamos negligentes com a vida da igreja.
Depois que a última pastoral do boletim foi publicada, um irmão da igreja me procurou e, em tom de ironia, perguntou: “Pastor, que legal que o senhor está escrevendo para os não cristãos! Afinal, apenas um não cristão precisa ser convencido da importância de vir a igreja, certo?” A brincadeira do irmão é totalmente pertinente, afinal, como pode um crente minimizar a importância da igreja? Ou deixar a igreja em segundo plano?
Existe um único motivo legítimo para um cristão deixar de frequentar a igreja militante (aqui na terra): é porque ele morreu e já faz parte da igreja triunfante! Em outras palavras, a morte é o único motivo legítimo para deixar de frequentar a igreja!
Situações que deixamos de vir a igreja.
É evidente, no entanto, que existem motivos circunstanciais (temporários) pelos quais você pode se ausentar: uma situação de doença física, ou, quem sabe, uma impossibilidade por conta de um relacionamento familiar conturbado (um marido não cristão que pede a sua esposa para ficar em casa), ou uma viagem (seja a trabalho ou de férias), ou até, quem sabe, por causa de uma prova (concursos) ou de um curso temporário.
Mas veja: a não ser que você esteja lutando com uma enfermidade de longa duração, estes motivos acontecem em um domingo, mas certamente não acontecerão no próximo. E perceba que eu fiz questão de dizer que esta doença é física e não emocional. E isso por duas razões bem claras: está mais do que provado que o exercício saudável da fé contribui para o alívio dos sintomas emocionais e, muito mais importante que isso, o SENHOR opera de maneira graciosa quando o Seu povo está reunido – leia os Salmos e o livro dos Atos dos Apóstolos e você vai verificar isso.
Motivos que nos afastam da Comunhão.
Estou aberto à discussão, mas, honestamente, fiz ’força’ para pensar em qualquer outro motivo para deixar de frequentar a igreja que não seja pecaminoso e injusto. E digo isso porque precisamos ser sinceros sobre os motivos que nos afastam da comunhão: normalmente tem a ver com 1) a nossa indisposição de amar, 2) com a dureza do nosso coração e a consequente falta de desejo de perdoar, 3) com a nossa administração impiedosa da agenda semanal que nos levou ao cansaço extremo e/ou 4) a idéia secularizada de que o entretenimento é mais importante para nós do que a vida da igreja.
Durante algum tempo, foi ensinado em muitas igrejas que a frequência constante à igreja era algo que deveria ser relativizado e que estar na igreja todo domingo era legalismo. Será? Olhe para a Palavra! É isso que a Bíblia verdadeiramente ensina? O Salmo 122, por exemplo, fala da grande alegria do povo de Deus reunido – uma alegria tão extrema que o salmista não perderia essa oportunidade por nada nesse mundo. “Ah, mas o Senhor nos abençoa também quando não estamos na igreja…” É verdade! Servimos ao Senhor que é tão gracioso que, mesmo quando desobedecemos, Ele nos constrange e derrama de bênçãos sobre nós. No entanto, existe um tipo de bênção que só é derramada quando o povo de Deus está reunido: “Ali o SENHOR ordena a sua bênção e a vida para sempre.” – Salmo 133:3b.
Que Deus te abençoe!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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