O problema de todo ser humano é o pecado.
Ainda que as mudanças climáticas, a crise econômica, o caos político e social afetem abrangentemente toda a vida humana, não são estes que definem, de fato, o problema real da humanidade. O problema de todo ser humano é o pecado.
O Catecismo maior de Westminster diz que “pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus ou a transgressão de qualquer lei por ele dada como regra à criatura racional”, tomando como base o que diz na Primeira Epístola de João 3.4. e na Epístola da Paulo aos Gálatas 3.10. O pecado não faz parte do projeto criacional de Deus para o homem, no sentido de que o homem não nasceu pecador e nem foi constituído para lidar, nem conhecer, o que é mal. No livro do Gênesis, capítulo 2, verso 16 e 17, lemos a instrução acerca de como deveriam se portar o primeiro homem e mulher criados: “E o Senhor Deus lhe deu essa ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”. A árvore designada como do conhecimento do bem e do mal não carrega esse nome por acaso, mas fala diretamente do seu objetivo, fazer o ser humano conhecedor não só do bem para o qual foi criado, mas também o mal que ainda não conhecia. A proibição divina demonstra que o homem não fora feito para tal, pois este não tem condição de lidar com o mal sem que se corrompa. Pode-se observar que o pecado é algo que atinge todo ser humano desde a sua concepção (cf. Salmo 51.5) e que não é o problema de alguns homens, mas de todo ser humano que nasce a cada instante.
Todos pecaram e carecem da glória de Deus.
Uma vez que o pecado é geracional, percebe-se que há um fator intrínseco que leva o pecado adiante em todo homem. Isso é o que a teologia chama de pecado original que se distingue do pecado fatual. O pecado original tem relação com a condição que se encontra todo ser humano desde sua concepção. Já o pecado fatual são os atos pecaminosos cometidos ao longo da vida seja por palavras, ações ou pensamentos. Essa distinção é importante, pois ela desmascara o mito da perfeição moral comportamental. Moldar apenas o comportamento do ser humano é inútil quando ele tem sua existência condicionada a perversão do pecado. Esse mesmo entendimento também coloca em xeque a ideia de que qualquer indivíduo nasce bom e aprende a pecar e assim se torna mal. Não obstante, não é o pecado fatual que o torna pecador, mas o próprio pecado original, herdado de Adão que o condena eternamente. Isso não desresponsabiliza o pecador de cada um dos pecados fatuais e nem o coloca em uma posição de isento de seus pecados cometidos.6
Assim, “…todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). “Não há um justo sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Romanos 3:10-12). O pecado não é, portanto, uma possibilidade, mas um fato, uma condição condenatória e corruptiva na vida de todo ser humano desde sua concepção.
O único desfecho restante para estes pecadores é a morte. Não somente a morte que advém do pecado original. Sem a manutenção da árvore da vida, o homem caminha diariamente em direção a sua morte física. Todavia, essa não é nem de longe a pior delas. A principal consequência do homem não é sua vida de sofrimento e imoralidade por causa de suas más escolhas, mas a more eterna a que está condenado por conta de sua condição fatal e irreversível pelos seus esforços. A sentença do homem é promulgada ainda no Eden, se o homem desobedecesse a Deus, comendo do fruto proibido, certamente morreria (cf. Gênesis 2.16,17). Esta sentença é confirmada pela Escritura em vários trechos como Romanos 6.23 que afirma que “o salário do pecado é a morte”. Considerando aqui não só a morte física, mas certamente a morte espiritual, a condenação ao inferno, lugar de sofrimento e dores eternas, onde o homem não encontrará paz jamais.
A grande esperança do homem e se encontra no fato de que apesar de toda essa condição pecaminosa, o mesmo Deus que foi desobedecido, em seu grande amor. Providenciou a salvação. Ele mandou seu filho único, Jesus Cristo. Para que todo aquele que cresse nele, pudesse provar de total redenção dessa condição (João 3.16). A morte de Cristo é representativa e faz com que todo aquele que creia nele receba as bênçãos espirituais que ele é herdeiro como filho de Deus (Romanos 10.9-13). Ele não pecou jamais, mas encarnou, viveu entre os homens, morreu e ressuscitou, fazendo justiça pelos pecadores. O único caminho de liberdade da escravidão que o pecado nos deixou é Cristo Jesus. Basta entregar sua vida a Jesus e clamar pela sua salvação. Ele te responderá e você receberá nele uma vida nova e uma maneira nova de viver pela verdade da Sua Palavra, a Bíblia.
Que Deus nos abençoe,
Rev. Lucas de H. P Maracci
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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